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Dólar avança para novo recorde, vendido a R$ 5,49; Bolsa cai mais de 1%

quinta, 23 de abril de 2020

O dólar comercial operava em alta hoje, avançando para novo recorde nominal e chegando a bater R$ 5,50, enquanto o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, caía. O índice operou em alta ao longo da manhã, e passou a cair após notícias sobre o pedido de demissão do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Por volta das 15h25, a moeda norte-americana avançava 1,54%, a R$ 5,493 na venda. No mesmo horário, a Bolsa recuava 1,48%, a 79.496,6 pontos.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Possível saída de Moro repercute

O dólar acelerou a alta, e a Bolsa passou a cair no começo da tarde, após a "Folha de S.Paulo" informar após notícia de que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, teria pedido demissão. Segundo o jornal, Moro teria ficado descontente com a decisão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de substituir o diretor-geral da Polícia Federal. O mercado reagia negativamente por entender que o movimento indica mais tensões políticas dentro do governo e pode acabar piorando a avaliação do próprio presidente. Moro está entre os ministros mais bem avaliados pela população. Logo após a notícia, o dólar chegou a subir 1,62% e superar R$ 5,50.

 

Planos de recuperação da economia

As possíveis medidas para recuperar a economia brasileira do impacto da pandemia do coronavírus continuavam em pauta, após a divulgação do plano Pró-Brasil, da Casa Civil, que propõe um aumento nos investimentos públicos. O plano aborda linha diferente da defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que defende investimentos privados no processo de retomada. Apesar disso, a recessão do Brasil este ano é iminente, com pesquisa da Reuters prevendo recuo de 2,5% no PIB (Produto Interno Bruto). Nesta quinta-feira, o dólar sobe, "contrariando os mercados, que estavam mais tranquilos, com o petróleo subindo e as coisas ficando menos distorcidas em termos de preço", disse Flavio Serrano, economista sênior do banco Haitong. A redução da taxa básica de juros, a Selic, a mínimas históricas afeta rendimentos atrelados aos juros básicos no Brasil, tornando o país menos interessante para investidores estrangeiros, o que tende a afetar o mercado de câmbio. Há expectativa de mais reduções.

Saída gradativa da quarentena.

A sinalização do ministro da Saúde, Nelson Teich, para o fim do isolamento social também chamou a atenção de agentes do mercado. Teich não detalhou o cronograma para o movimento, mas disse que o governo atuará em cada região do país da forma que considerar mais adequada para a área. Com as pessoas voltando às ruas, o setor varejista deverá ser o maior beneficiado, afirmaram analistas da XP Investimentos, com o relaxamento do isolamento social já refletindo nos papéis de empresas do setor na Bolsa.

  FONTE: Do UOL, em São Paulo 23/04/2020 09h29 SAIBA MAIS EM: https://economia.uol.com.br/cotacoes/noticias/redacao/2020/04/23/dolar-bolsa-operacao.htm
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