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Pouco dinheiro não é desculpa. Dá pra investir com aporte inicial de R$ 1

segunda, 24 de agosto de 2020

A crise do novo coronavírus mostrou a importância de ter uma reserva de emergência para cobrir despesas quando imprevistos reduzem ou até mesmo eliminam toda a renda de uma hora para outra. Mas como começar um investimento se o dinheiro está tão curto que você mal consegue cobrir os gastos mensais? É um desafio, admitem especialistas, mas o surgimento de várias plataformas de investimento nos últimos anos e a recente queda dos juros no país permitiram o lançamento de diversos produtos que aceitam uma aplicação mínima baixa.

Há instituições financeiras que oferecem aplicações em CDBs e fundos de investimento com um aporte inicial a partir de R$ 1.

“Aplicações com aporte inicial baixo são uma forma de apresentar o mundo dos investimentos a quem está começando a formar sua carteira de reserva, e a de longo prazo também”.

Como começar com R$ 1

Títulos de renda fixa: Por esse valor, há títulos de instituições financeiras, como CDBs (Certificados de Depósito Bancários), LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) ou LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio), oferecidos por bancos tradicionais e digitais. Na plataforma de comparação Yubb, há papéis com rendimento bruto de até 3,1% ao ano. É uma variação baixa, mas é importante destacar, dizem consultores financeiros, que a taxa básica de juros (Selic) está em 2% ao ano, o que reduz o rendimento da renda fixa. Além disso, a inflação acumulada nos últimos 12 meses está em 2,13%, segundo o IBGE, o que limita a corrosão do rendimento. Há cobrança de Imposto de Renda sobre o rendimento. A alíquota varia conforme o tempo da aplicação. Quanto mais tempo o dinheiro ficar investido, menor a mordida do governo.

Até seis meses: 22,5% de IR;

Até um ano: 20%;

Até dois anos: 17,5%;

Acima de dois anos: 15%.

Poupança: A caderneta de poupança não paga imposto, mas o rendimento é de apenas 70% da taxa básica de juros. Ou seja, cerca de 1,4% ao ano. Fundos de investimento: Empresas financeiras começaram a lançar fundos de investimento que permitem uma aplicação inicial de apenas R$ 1. Há produtos tradicionais, com baixo risco, como fundos de renda fixa que investem em títulos do governo, ou fundos de ações, com mais risco. Há desconto de imposto, e alguns gestores cobram taxa de administração.

Para quem economiza R$ 2 por dia

Com R$ 60 ao fim de 30 dias, o investidor tem mais opções.

Tesouro Direto: Os títulos do governo negociados na plataforma Tesouro Direto aceitam investimentos iniciais a partir de R$ 36,23, caso do Tesouro Prefixado 2023 que está rendendo 4,12% ao ano.

O Tesouro Direto é um clássico quando o assunto é renda fixa. Possui opções como o Tesouro Selic, para quem está montando a reserva de emergência, e o Tesouro IPCA+, para quem pensa no longo prazo e tem como objetivo financeiro a formação de uma reserva para a aposentadoria”.

Há mais outras oito opções de títulos, com aplicação inicial abaixo de R$ 60. Esses investimentos pagam Imposto de Renda e uma taxa de custódia de 0,25% ao ano para a B3, a Bolsa de Valores brasileira. Fundo de investimento: Há produtos que aceitam a partir de R$ 10, como o fundo Brasil Plural Firf Referenciado, na plataforma da Genial, e o fundo BTG Pactual Juros e Moedas.

Opções com R$ 3,50 por dia

Com aplicação inicial a partir de R$ 100, há títulos do Tesouro e centenas de fundos de investimentos oferecidos por bancos e corretoras. Tesouro Direto: Com aplicação mínima de R$ 106,50, o Tesouro Selic 2025 tem rendimento de Selic + 0,0344% ao ano. Ou seja, de cerca de 2,3% ao ano. Mais fundos: Aqui as opções se multiplicam. Há fundos de renda fixa, como o Modalmais Lion FI, um fundo multimercado que aplica em títulos públicos e crédito privado. Na renda variável, há carteira de ações, como o fundo Genial Ações FIC FIA, e fundos de ouro, como o Plural Ouro FIM.

“As plataformas permitiram levar mais produtos e de mais qualidade a mais gente, graças aos ganhos de escala”.

Primeiro a reserva, depois a diversificação

Profissionais de mercado destacam que o investidor iniciante deve buscar informações para começar suas aplicações. A recomendação mais comum é que a pessoa comece com ativos mais conservadores, de menor risco, como renda fixa. À medida que o dinheiro for crescendo, diversifique, aplicando em produtos de maior risco, como ações, por exemplo. "A renda fixa continua sendo a base de uma carteira", afirmou Sandra Blanco, da Órama. "O passo seguinte, depois de formar sua reserva de emergência, é sair dos investimentos [com rendimento atrelado ao] CDI e buscar a diversificação", afirmou Luis Gustavo Jorge Politi, sócio de Desenvolvimento de Negócios da Consulenza Investimentos.

  FONTE: João José Oliveira do UOL, em São Paulo  24/08/2020 04h00 SAIBA MAIS EM: https://economia.uol.com.br/financas-pessoais/noticias/redacao/2020/08/24/pouco-dinheiro-nao-e-desculpa-da-pra-investir-com-aporte-inicial-de-r-1.htm
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